domingo, 25 de abril de 2010

História do Cerco de Lisboa

Perdoem-me os leitores que gostaram desse livro, mas foi com um imenso alívio que finalizei a leitura na página 319.

Foram três meses de sofrimento em uma história que parecia nunca deslanchar. Existe uma história de amor, um olhar irônico sobre o próprio país e uma filosofia sobre as palavras “sim” e “não”.

Só que nada disso livrou o livro de ser muito chato. Depois de me apaixonar por “Ensaio sobre a cegueira” (já comentado nesse blog em março de 2009), a História do Cerco de Lisboa me fez ter vontade de fugir de José Saramago.

Como disse no início, me perdoem os que gostaram, mas espero não ter que reler a história do revisor Raimundo Silva e da editora Sara nunca mais, pois a tortura será bem maior do que a do protagonista esperando ser descoberto.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

23 de abril - Dia Mundial do Livro

Imagem: http://tertuliabibliofila.blogspot.com


Um idoso prestes a se aposentar ou um rapaz moderno que viverá tranquilo junto à criançada?
Cedo para responder a esta questão. Enquanto isso, comemoramos hoje, dia 23 de abril, uma das poucas fontes de imortalidade conhecidas. Com direito a Dia Mundial, o livro desperta alegrias, tristeza, paixões, repúdio e ódio.

E para comemorar o seu dia, o Literatura Amores e Horrores se utiliza de uma frase de Miguel Cervantes, homenageando assim a todos que se envolvem nesse universo único "Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito".



domingo, 18 de abril de 2010

O Clube do Filme

Ao abrir o livro, o leitor irá se deparar com uma lista fantástica de filmes, como “O Exorcista”, “Uma linda Mulher”, “O Poderoso Chefão II” e “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”.

Através desses e outros filmes, David Gilmour consegue estabelecer uma relação com o seu filho, ao qual liberou de ir na escola sob a condição de assistir três filmes semanalmente e não utilizar drogas. Após cada filme, os dois discutiam sobre o que foi assistido. Gilmour comentava algumas curiosidades, e com isso abriu mais o diálogo entre pai e filho, tornando-os mais próximos nesse período.

Na opinião dessa humilde leitora, o livro trata da imaturidade do pai e da falta de limites do filho. Confesso que a história não me cativou, talvez por ter uma expectativa maior sobre o que seria abordado em relação aos filmes ou por já estar habituada a ver jovens fazerem o que bem entendem da vida e seus pais não tomarem nenhuma atitude sobre isso.

domingo, 11 de abril de 2010

1808

Para quem quer conhecer mais da história do Brasil, relembrar alguns fatos ou simplesmente gosta do assunto, o livro de Laurentino Gomes narra de forma clara, fácil e às vezes, divertida, sua pesquisa sobre a fuga da família real portuguesa e as transformações sofridas no Brasil com a sua chegada.

1808 não trás grandes novidades (talvez uma explicação sobre a origem), mas estão lá a política corrupta, a compra de títulos e o famoso jeitinho brasileiro. Focado em João VI, o rei é exibido como uma figura simpática, além de feio, medroso e indeciso. Mas o fato de ter burlado Napoleão (apesar de deixar várias riquezas em Portugal) dão um certo mérito ao homem que, sem querer, começou a mudar a cara da colônia e dar ares de país a nossa pátria.

Na orelha do livro é dito que o propósito do livro é resgatar e contar de forma acessível a história da corte portuguesa e tentar devolver aos seus protagonistas à dimensão mais correta possível dos papéis que desempenharam. O que, na minha humilde opinião, foi alcançado. Desconheço o conteúdo das aulas de História nos dias atuais, mas pra mim, foi como ampliar aquele conhecimento mínimo, dando cara e personalidade a cada um dos envolvidos no período em que tivemos um rei entre nós, além de descobrir curiosidades da época.
Por isso considero 1808 um livro completo, pois da mesma forma que ele é gostoso de ler, nos trás conhecimento, e assim, repensar sobre atitudes que o país repete a muitos anos e a população não se esforça para mudar.