sábado, 26 de julho de 2014

A Culpa é das Estrelas

Hazel Grace tem 16 anos e tireoide com metástase nos pulmões. Ela também é obcecada por um livro chamado Uma aflição imperial e assiste a todo santo dia um reality show de modelos. Frequenta um grupo de apoio obrigada por sua mãe, que acredita ser um local de amizades para sua única filha.

Em um dos encontros ela se depara com um rapaz que irá mudar a sua rotina: Augustos é um jovem que perdeu sua perna e o basquete para o câncer. Bonito, está apenas acompanhando o amigo Isaak que ficará cego em breve. Uma troca de olhares, breves palavras, um convite, e a paixão quando não se espera mais nada.

A Culpa é das Estrelas é um livro de adolescentes, mas não só para adolescentes.

É sobre o amor, mas também é sobre morte.

É sobre perdas, mas também sobre ganhos.

Correr atrás dos sonhos, que podem ser próprios, ou serem compartilhados.

A leitura é rápida, apesar de pesada. Muitos parágrafos são um soco no estômago. Existe alegria, mas sempre acompanhada de uma sombra de tristeza. É por isso que ao contrário da afirmação de Marcus Zusak, eu não consegui rir, e também não chorei.

Apenas senti o coração apertado, em relação à Hanzel, Augusto, Isaak e os pais, papéis secundários que tentam não ficar apenas com a saudade.

Não é um livro para relaxar. E sim para repensar. Ao chegar à última página, você pode refletir sobre os personagens ou sobre a própria vida. Talvez fique satisfeito, ou sinta uma vontade enorme de recomeçar.

O único fato absoluto é que não há como ficar indiferente ao término da leitura.

A Culpa é das estrelas
The fault in our stars
John Green
Tradução Renata Pettengill
Editora Intrínseca

2012 – 286 páginas

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Reencontro Mortal

No décimo quarto livro da série as mulheres estão em foco. Amor, ódio, amizade, rancor, família e vingança se misturam em dois casos que irão mexer com as personagens.

Começando pela tenente Eve Dallas que terá um encontro duplo com o passado através da figura de Julianna Dunne, uma mulher vaidosa e fria, que usou um falso estupro para aliviar a pena por ter assassinado seus maridos, homens velhos e ricos. Solta, ela vai atrás da única mulher pertencente ao grupo que a prendeu.

Para coloca-la novamente atrás das grades, sem dar chance de a justiça falhar novamente, a tenente precisa investigar o passado da assassina, que tem o seu início na cidade de Dallas, local onde Eve foi encontrada ainda criança.

Em Nova York, Peabody junta às peças de um antigo caso, no melhor estilo Cold Case, onde uma mulher apaixonada pelo marido é morta por um amante misterioso, cujo único sinal de vida são as cartas encontradas na gaveta de roupas íntimas da vítima.

Se por um lado este livro retorna para o lugar comum de Roarke ser o foco do antagonista de Eve, por outro momentos reveladores surgem com a viagem de Dallas (possibilitando assim um acerto de contas com a sua origem) e chegada dos pais de Peabody. Tornando o livro mais pesado que os anteriores devido à carga emocional.

Na parte romântica, Eve e Roarke completam o seu primeiro ano de casados sem perder a paixão, com uma Eve mais solta em revelar os seus sentimentos.

Uma curiosidade: a assassina do livro muda diversas vezes de nome, mas sempre mantendo as iniciais do verdadeiro, que nada mais é do que o pseudônimo da autora Nora Roberts para a série.

Reencontro Mortal
Nora Robert – J.D. Robb
Tradução Renato Motta

Editora Bertrand Brasil