sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mais um ano se foi...



E vem aí um ano novinho para darmos continuidade a tudo aquilo que nos faz bem.

Ria,
chore,
seja sincero consigo mesmo,
ame aquele alguém especial,
dê atenção aos amigos...
E leia! Leia muito!!!

Um ótimo Natal e um Ano Novo próspero para todos os literamados leitores!





terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Aurora Boreal



A aurora boreal se contorce e gira como um dragão no céu noturno. Estrelas e planetas são obrigados a dar passagem a ela, esse grande milagre de luz trêmula, enquanto percorre tranquilamente seu caminho pela abóbada celeste.”

Na igreja de cristal, situada na gelada Kiruna, uma pequena cidade da Suécia, Viktor, o homem que morreu e voltou, e agora falava em nome de Deus, é mutilado em seu próprio território e tem o seu corpo encontrado pela irmã Sanna, uma mulher bonita e encantadora, mãe de duas meninas, que sob pressão se fecha em um mundo próprio.

Em Estocolmo, Rebecka esconde as lembranças do passado, e vive uma vida solitária, dedicando tudo a sua carreira como advogada tributária. Mas a morte de Viktor lhe puxa de volta para as origens.

Durante sete dias Rebecka irá reviver lembranças e perdas, ao mesmo tempo em que irá se deparar com fraudes que enriqueceram os pastores da Igreja da fonte de Toda a Nossa Força e mistérios que fazem com que todos os envolvidos diretamente com o morto fiquem calados. Entre um bilhete de ameaça e pontos que não formam a imagem da resposta, ela encontra nos policiais Anna-Maria e Sven-Erik o apoio necessário para desvendar o segredo encoberto pela morte de Viktor.

Rápido, cativante, Asa Larsson prende o leitor com o seu Aurora Boreal, deixando na última página um gosto de quero mais. Rebecka, sua personagem principal, cativa sem ter o perfil clássico de heroína, e conforme as páginas vão avançando, dúvidas e certezas se misturam na cabeça do leitor.

Uma curiosidade, assim como Stieg Larsson, a autora nomeia um dos seus personagens com o seu sobrenome.

Aurora Boreal
Asa Larsson
Tradução Francisco José M. Couto e Éric R. R. Heneault
Editora Planeta
2010
302 páginas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Desfiladeiro do Medo



Na contracapa, Tarantino desfia uma série de adjetivos para o autor Clive Barker, que neste livro descreve através da propriedade chamada Coldheart Canyon toda a relação dos astros de Hollywood com a fama, com os fãs, com seus empresários, com os diretores dos estúdios e com eles mesmos.

Em um primeiro momento conhecemos Katya Lupi e seu empresário Zeffer, que para agradar a estrela, pelo qual é apaixonado, compra uma série de ladrilhos misteriosos na Romênia, que formam um conjunto de pinturas chamado de a caçada, e a transfere para uma sala especial na mansão da famosa atriz do cinema mudo.

Avançando no tempo, o leitor irá conhecer Todd Pickett, um homem bonito, que causa suspiro em muitas fãs e vê o tempo (e atores mais jovens) como o seu maior inimigo. Ao realizar uma cirurgia plástica que lhe causa mais danos do que benefícios, acaba por se esconder em uma antiga mansão e conhecendo a própria Katya, dona do local, que apesar de centenária permanece jovem, os espíritos que a cercam e a terra do demônio. Na companhia de sua anfitriã, verá antigos astros realizarem orgia e as estranhas criaturas por eles geradas.

A heroína da história é a fã obcecada Tammy, uma mulher infeliz com o casamento e com o próprio corpo, que se ocupa em acompanhar a carreira de Todd, e sai em busca do ator quando este desaparece. Ao mostrar sua coragem e bondade, acaba conquistando amigos improváveis.

O livro possui 700 páginas e poderia ter mantido o título original, Coldheart Canyon, assim como poderia ser reduzido pela metade, tamanho o besteirol escrito. Misturando espíritos, demônios e sexo, tendo muito mais foco para o sexo, o livro não assusta, nem causa arrepios, mesmo nos poucos assassinatos narrados. Muitas vezes fiquei pensando se o escritor havia sido esnobado por muitos astros, ou se é complexo de inferioridade, ou se a escrita é ruim mesmo.

Perdoem-me os que gostaram do livro, mas o achei superficial, bobo e longo demais para o fraco conteúdo apresentado.

O Desfiladeiro do Medo (Coldheart canyon)
Bertrand Brasil
2002
Tradução Ruy Jungmann
700 páginas