sábado, 27 de outubro de 2012

Nada Dura Para Sempre


Médicos, mafiosos e advogados se misturam neste romance escrito em 1994 por Sidney Sheldon. A mocinha neste romance é Paige Tayler, uma médica que está sentada em um tribunal sob acusação de ter assassinado um paciente por um milhão de dólares.
 
Ligada a Paige estão suas amigas Kate Hunter e Betty Lou Taft, únicas mulheres em um grande grupo de residentes no ano de 1990 em um hospital de São Francisco. Se as primeiras impressões não são exatamente as mais certas, o laço que irá se formar entre as três é indiscutível.
 
Se Paige cresceu junto à cruz vermelha e abraçou a medicina por amor. Kate precisou muito para superar o preconceito de sua cor e ser aceita em uma universidade. Betty Lou sonhava em ser enfermeira, mas foi obrigada pela família a ser médica, adotando métodos poucos ortodoxos para superar os obstáculos da faculdade e no próprio exercício da profissão.
 
Família, amores, conquistas, apostas, lágrimas, perseguições, morte, ironia e redenção. Como um bom romance de Sheldon, nada disso falta. A história é fácil de ler, mas nem por isso leve, pois as personagens estão longe de serem perfeitas em relação a itens como moral, ética e auto-estima. Mesmo assim, é difícil não sofrer junto com elas.
 
Um livro para ler nas férias e relaxar nas mãos de um dos mestres dos best-sellers.

Nada Dura Para Sempre
Sidney Sheldon
Record
Tradução: Pinheiro de Lemos
366 páginas

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Traição Mortal


Dizem que na guerra e no amor vale tudo. No caso do décimo segundo livro da série mortal, homens que operam com negócios ilegais resolvem optar em contratar um assassino de aluguel conhecido como Sly Yost para eliminar os que atravancam o seu caminho.

Yost possui uma assinatura nas suas mortes: espancamento, estupro e um fio de prata, independente do sexo. Procurado por muitos, inclusive pelo FBI, resolve atacar os funcionários de Roarke, o que faz com que ele caia na mira da tenente Eve Dallas.

Nesta história Eve irá encontrar dois inimigos, o tempo, já que o assassino possui um cronograma curto para suas execuções e a inveja, já que em uma semana ela evolui mais do que os órgãos federais e internacionais, e muitos agentes irão querer levar a glória de capturar um dos homens mais procurados.

Para dar um toque de leveza, os ataques de ciúmes e McNab e Peabody geram situações engraçadas, assim como a terrível esteticista Trina, a única mulher capaz de provocar medo em Eve.

Em cena, um amigo antigo de Roarke, Mick, que irá revelar um pouco das peripécias dos dois em um passado não tão distante.

Amizade e dinheiro estão no centro dessa história sangrenta, onde os detalhes de cada morte podem provocar arrepios até no leitor mais desatento.

Traição Mortal
Nora Roberts
Tradução: Renato Motta
Bertrand Brasil
420 páginas.

sábado, 13 de outubro de 2012

A Batalha do Apocalipse


O fim do mundo começou no sétimo dia. Quando Yahwed foi descansar e deixou os humanos aos cuidados dos seus arcanjos. Mas na história de Eduardo Spohr, não apenas Lúcifer inveja os homens, mas também os seus irmãos, como o príncipe dos Anjos, Miguel.
 
Entre as tentativas de eliminar com a vida na terra, onde é citado o dilúvio – aqui uma obra de Miguel e não do criador-, um pequeno grupo de anjos guerreiros se revoltam contra as ordens, sob o comando do general Ablon. Mas como os arcanjos são poderosos, eles se tornam renegados, expulsos do céu e condenados a viver na terra.
 
No céu, a luta pelo poder faz com que Lúcifer entre em batalha com Miguel, e Gabriel assuma a responsabilidade de proteger Cristo de seus irmãos. Enquanto o diabo é expulso, os renegados são caçados na terra.
 
 
Entre fugas e andanças, Ablon, o general dos renegados, vê seus seguidores morrerem e descobre o amor em uma humana, a feiticeira necromante Shamira, que possui o dom de utilizar a energia dos mortos para permanecer jovem durante vários séculos.
 
 
Mas ao final do sétimo dia é também a hora do apocalipse. E neste momento, Ablon terá que realizar muitas escolhas e descobrir em quem irá ou não confiar. Enquanto os anjos se preparam para a grande guerra dos arcanjos, para saber com quem ficará o poder, Ablon escuta tanto do demônio quanto de Gabriel propostas de aliança. Em paralelo, a terceira guerra mundial explodiu, e Nova York já desapareceu.
 
 
A Batalha do Apocalipse é uma história fantástica bem interessante. Tem a ironia de Deus estar dormindo enquanto a humanidade sofre várias tentativas de aniquilação por parte do seu principal arcanjo. Uma nova visão sobre o surgimento de Cristo, que me lembrou a ousadia de Dan Brown em O Código da Vinci, mas pela diferença de escrita, não gera nenhum protesto entre os mais religiosos. A filosofia sobre o nosso livre arbítrio, como uma lembrança de que muitas vezes colocamos no destino a responsabilidade por algo que foi de nossa própria escolha.

Por outro lado, considero exagero do José Louzeiro, que escreve a sua opinião nas orelhas do livro, comparar a história com o estilo de J.R.R. Tolkien, autor da trilogia Senhor dos Anéis. Pois em alguns momentos, Spohr exagera no inverossímil, podendo deixar o leitor mais exigente um pouco incomodado, atrapalhando assim o ritmo de leitura da história.
 
Enfim, uma história interessante, com mocinhos e bandidos, amores e ciúmes, coragem, fé e redenção. Uma boa leitura para quem gosta de história fantástica, anjos e sangue.

A Batalha do Apocalipse – Da queda dos anjos ao crepúsculo do mundo
Eduardo Spohr
Editora Versus
586 páginas

domingo, 7 de outubro de 2012

O Príncipe Sapo e Outras Histórias


Na semana do dia da criança, escolhi os Contos de Grimm Volume 2, onde são reunidas 24 histórias, algumas adaptadas e outras que podem ser uma verdadeira novidade para o leitor.

Em “A Gata Borralheira” encontramos uma versão um pouco mais sangrenta, já que as irmãs cortam pedaços dos pés para que os mesmos entrem no sapatinho de cristal. Já “O Príncipe Sapo”, conto título deste livro, apresenta um típico final feliz.

Como de costume, nas histórias iremos encontrar bonitas princesas, bruxas, pobreza e riqueza. Também há distorção de moral, sentimento de vingança e muitos símbolos para quem gosta de analisa-los.

Um exemplo é “A Luz Azul”, onde um anão mágico se torna a salvação para um soldado dispensado sem um tostão e sua máquina de matar. Ou em “Abibe”, onde o personagem título coloca a esposa para morrer em seu lugar para se salvar.

“Pele-de-asno” pode chocar um leitor mais desavisado, ao mesmo tempo sinalizar um problema bastante antigo, se lembrarmos que Jacob e Wilhelm Grimm começaram a publicar em 1812.

Um livro para recordar a época do Era uma vez em um tom nem tão inocente assim e indicado mais para os pais do que para os filhos.


Contos de Grimm Volume 2 – O Príncipe Sapo e Outras Histórias
Irmãos Grimm
Tradução: Zaida Maldonado
L&PM Pocket
204 páginas