domingo, 28 de março de 2010

Comer, Rezar, Amar

Simplesmente adorei esse livro. Como diz Elle Macpherson na contra capa do livro “Toda mulher deve lê-lo”.

Após enfrentar situações que a levaram ao limite, Elizabeth Gilbert (que se torna Liz para os leitores), embarca em uma jornada de auto-conhecimento na Itália, Índia e Indonésia.

Cada lugar lhe trará lembranças, sentimentos e ações que lhe incomodaram no passado e agora a deprimem. Mas ao encontrar pessoas diferentes e se deparar com outras culturas, Liz aprende e amadurece.

Não é difícil para uma mulher se identificar em algum momento com o que está sendo descrito no livro. Assim como não é impossível gostar mais de uma jornada do que de outra.

Mas existe espaço para os homens também...Comer, rezar, amar dá uma grande pista da complexidade da mente feminina. Que nada mais é do que uma alma faminta por encontrar a si mesma.

segunda-feira, 15 de março de 2010

A Maravilha no mundo de Alice

 








Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho

"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare". – Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas.


Não existe como visitar o mundo de Alice e não sentir fascínio por ele. Sua fantasia remete aos sonhos, uma volta à infância e a todos os pensamentos fantásticos que nela estão presentes. A maravilhosa experiência da menina Alice foi escrita por Charles Lutwidge Dodson, conhecido por Lewis Carroll. A história foi escrita e dada de presente em 1864 para a menina que serviu de inspiração a ela, Alice Linddell, então com 11 anos de idade. Logo a história foi publicada e a partir daí virou passagem literária e cinematográfica obrigatória para crianças e adultos.
Em 1951 a Disney lançou a animação "Alice no País das Maravilhas" e agora, pela excentricidade de Tim Burton, surge a versão cinematográfica de mesmo nome. Nesse hiato de tempo, dentre os vários livros traduzidos e publicados em todo o mundo, estão as edições da L&PM Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho, traduzidas respectivamente por Rosaura Eichenberg e Willian Lagos. Na primeira história, Alice adormece e mergulha na toca do Coelho Branco. De lá, parte para as mais inusitadas situações e conhece loucos personagens. A característica desconexa, típica dos sonhos, é muito marcante e faz o leitor viajar por um mundo muito rico, com poções que fazem aumentar e diminuir de tamanho, chás que não acabam nunca, um jogo de Croqué com uma rainha e seus súditos, todos, cartas de baralho. Sempre junto à visão da tagarela Alice, menina inteligente e teimosa que nos leva a conhecer o Chapeleiro Maluco, o Gato de Cheshire, a Lebre de Março, dentre outras magníficas criaturas.
Em Alice no País do Espelho, após a menina atravessar o espelho de sua casa, se vê participando de uma partida de xadrez. O mundo em que ela se encontra é como um tabuleiro gigante e cada personagem representa uma peça do jogo, incluindo a própria Alice. Personagens como os irmãos Tweedledum e Tweedledee, Humpty Dumpty e a Rainha Branca, interagem com Alice que se vê muito confusa, mas não menos fascinada que o leitor diante de tanta poesia e jogos de palavras. E por falar em palavras, o livro é excelente atrativo da língua por todas as referências que faz a ela: "Quando eu utilizo uma palavra - disse Humpty Dumpty, em um tom de grande sarcasmo -, ela significa exatamente o que quero que signifique, nem mais, nem menos."
Perto das crianças pelo seu mundo mágico e próxima dos adultos pela riqueza que permeia a obra, Alice sempre será um importante elemento universal. Nenhuma outra personagem infantil lida como ela com a realidade fantástica e isso se percebe por suas falas espontâneas e cativantes e por sua relação com as experiências únicas que a cercam. Certamente, Carroll soube contar sua história como ninguém e merece ser lido.

domingo, 14 de março de 2010

Memórias de Minhas Putas Tristes

Um homem de 90 anos se apaixona por uma menina de 14 anos que foi chamada a prostituição para atender a um desejo de aniversário dele: deitar com uma virgem.

O que tinha tudo para ser nojento e asqueroso, torna-se delicado, sensível, irônico (e por quê não) filosófico nesse pequeno (possui apenas 127 páginas) romance de Gabriel García Marques.

A história, gostosa e rápida de ler, nada mais é que o balanço da vida de um homem, que dormiu com muitas mulheres, e no momento que se preparava para encontrar a morte, se apaixona por uma ninfeta, cuja felicidade encontra-se em olha-la dormindo e a infelicidade em um ciúme doentio por alguém mais a toca-la.

E a partir daí, é difícil não se encantar por esse velho jornalista que está mais para um anti-herói do que mocinho de fotonovela.