Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho
"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare". – Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas.
Não existe como visitar o mundo de Alice e não sentir fascínio por ele. Sua fantasia remete aos sonhos, uma volta à infância e a todos os pensamentos fantásticos que nela estão presentes. A maravilhosa experiência da menina Alice foi escrita por Charles Lutwidge Dodson, conhecido por Lewis Carroll. A história foi escrita e dada de presente em 1864 para a menina que serviu de inspiração a ela, Alice Linddell, então com 11 anos de idade. Logo a história foi publicada e a partir daí virou passagem literária e cinematográfica obrigatória para crianças e adultos.
Em 1951 a Disney lançou a animação "Alice no País das Maravilhas" e agora, pela excentricidade de Tim Burton, surge a versão cinematográfica de mesmo nome. Nesse hiato de tempo, dentre os vários livros traduzidos e publicados em todo o mundo, estão as edições da L&PM Alice no País das Maravilhas e Alice no País do Espelho, traduzidas respectivamente por Rosaura Eichenberg e Willian Lagos. Na primeira história, Alice adormece e mergulha na toca do Coelho Branco. De lá, parte para as mais inusitadas situações e conhece loucos personagens. A característica desconexa, típica dos sonhos, é muito marcante e faz o leitor viajar por um mundo muito rico, com poções que fazem aumentar e diminuir de tamanho, chás que não acabam nunca, um jogo de Croqué com uma rainha e seus súditos, todos, cartas de baralho. Sempre junto à visão da tagarela Alice, menina inteligente e teimosa que nos leva a conhecer o Chapeleiro Maluco, o Gato de Cheshire, a Lebre de Março, dentre outras magníficas criaturas.
Em Alice no País do Espelho, após a menina atravessar o espelho de sua casa, se vê participando de uma partida de xadrez. O mundo em que ela se encontra é como um tabuleiro gigante e cada personagem representa uma peça do jogo, incluindo a própria Alice. Personagens como os irmãos Tweedledum e Tweedledee, Humpty Dumpty e a Rainha Branca, interagem com Alice que se vê muito confusa, mas não menos fascinada que o leitor diante de tanta poesia e jogos de palavras. E por falar em palavras, o livro é excelente atrativo da língua por todas as referências que faz a ela: "Quando eu utilizo uma palavra - disse Humpty Dumpty, em um tom de grande sarcasmo -, ela significa exatamente o que quero que signifique, nem mais, nem menos."
Perto das crianças pelo seu mundo mágico e próxima dos adultos pela riqueza que permeia a obra, Alice sempre será um importante elemento universal. Nenhuma outra personagem infantil lida como ela com a realidade fantástica e isso se percebe por suas falas espontâneas e cativantes e por sua relação com as experiências únicas que a cercam. Certamente, Carroll soube contar sua história como ninguém e merece ser lido.
Eu adoro o mundo de Alice. Creio que foi um dos primeiros livros lido pela minha mãe quando eu era pequena lá em Barbacena.
ResponderExcluirAlice tem valores simbólicos únicos, metáforas poéticas.
ResponderExcluirpassei a idolatrar os contos infatis depois que lí "a psicanálise dos contos de fadas".