Sinopse: Ninguém costuma esperar muita coisa de um grupo de idosos pacatos e inofensivos, e talvez seja exatamente isso que os torna perfeitos para passar despercebidos no mundo do crime. Toda quinta, em um retiro para aposentados no sudeste da Inglaterra, quatro idosos se reúnem para - segundo consta na agenda da sala de reunião - discutir ópera japonesa. Mas não é bem isso que acontece ali dentro. Elisabeth, Ibrahim, Joyce e Ron usam o horário para debater casos policiais antigos sem solução, confiantes de que podem trazer justiça às vítimas e encontrar os responsáveis por algumas daquelas atrocidades do passado. Quando um empreiteiro com projetos bastante questionáveis na cidade aparece morto, os quatro amigos têm a oportunidade de seguir as pistas de um caso atual, com um cadáver real e, em algum lugar à solta, um assassino de verdade.
No mês de abril/21 o clube intrínsecos entregou para os seus associados o livro O clube do crime das quintas-feiras, do apresentador e agora também escritor Richard Osmam. O mimo foram seis lápis com nomes de títulos anteriores do clube.
Joyce é relativamente nova no Retiro de Aposentados de Coopers Chase quando é procurada por Elisabeth para lhe fazer uma pergunta sobre ferimento a faca, já que soube que ela é enfermeira. Após a conversa ela é convidada a participar do clube do crime das quintas-feiras.
Matar alguém é fácil. Esconder o corpo é que costuma ser a parte difícil. É assim que você é pego.
No encontro são discutidos antigos casos não solucionados que estavam no arquivo da Policial Penny, integrante do grupo que agora está internada, sem falar e talvez ouvir qualquer coisa. O que faz com que Elisabeth a visite com frequência, contando em detalhes o andamento das investigações do grupo.
Os outros integrantes são Ibrahim, um psiquiatra ainda procurado por alguns de seus pacientes e Ron, um líder sindical pai de um boxeador famoso. Elisabeth não tem a profissão revelada, mas logo percebemos que ela é profissional na busca de informações devido a sua vasta rede de fontes e devedores de favores.
O que eu acho, e você já deve saber disso, é que ele não gosta de você.
Tudo muda após uma reunião de consulta sobre a retirada de um antigo cemitério de freiras locais para a expansão do retiro em mais dois condomínios, quando alguns dos moradores podem assistir a discussão de Ian Ventham ao demitir o seu sócio Tony Curran do novo empreendimento.
Na sequência, enquanto pensa em como se vingar de Ian, Tony Curran é assassinado dentro de casa, trazendo para o grupo do Clube do Crime a chance de investigar um caso real, começando com a inclusão de uma policial conhecida por eles na equipe dos investigadores responsáveis, enturmando-se assim com o chefe de polícia.
Até o homem mais calmo e racional só aguenta abusos até certo ponto antes de se exaltar.
Richard Osman utiliza duas formas narrativas para contar a sua envolvente história, uma em primeira pessoa através do divertido diário de Joyce, onde conhecemos a sua vida pessoal e reações através do seu ponto de vista. E uma em terceira pessoa acompanhando todos os demais, sejam eles do grupo principal ou secundários, dando uma visão completa da história, e permitindo o leitor listar os seus próprios suspeitos.
A trama toda é bem construída, com doses de humor, suspense e drama na medida certa, o que facilmente me envolveu como leitora e fez as páginas correrem pelos dedos enquanto eu ia ajustando os meus palpites a cada desenrolar.
Vários anos atrás, todos acordavam cedo, pois havia muito o que fazer e o dia só tem vinte e quatro horas. Agora acordam cedo pois há muito o que fazer e seus dias estão contados.
Utilizando-se do mistério, o autor nos leva a refletir sobre a questão da idade, da morte, da solidão, das perdas, das relações com os filhos, das armadilhas da mente. Nos mostrando que estes jovens com mais de setenta anos ainda possuem muito a contribuir, principalmente aqueles que mantém suas mentes afiadas, e o quanto todo o envolvimento os mantém ativos e felizes.
Assim como Nina George em seu maravilhoso romance A Livraria Mágica de Paris, Richard Osman nos recorda de forma leve e perspicaz que a idade não é um limitador para nada, talvez alguns esforços tragam dores físicas, mas tudo isso é compensado pelos desafios. Assim como um bom diálogo é a melhor forma de fortalecer os laços, já que com a idade a perda de amigos próximos se torna tão comum.
Ok, gente, eu mostro o que eu tenho, vocês mostram o que têm.
Um ótimo livro para quem anda precisando de leveza e divertimento sem deixar as reflexões totalmente de lado, quase como um lembrete de que na vida, como em uma ótima história, não existe hora marcada para parar de se aventurar.
O clube do crime das quintas-feiras
The Thursday Murder Club
Richard Osman
Tradução: Jaime Biaggio
intrínseca
2020 - 400 páginas
Esta resenha não é patrocinada, a assinatura do clube citado é pago integralmente pela autora.
Este é um livro bem diferente.Gosto muito dos livros da Intriseca e este com certeza vai entrar na mista de leitura. Obrigada por compartilhar mais essa dica!!! Bjos
ResponderExcluiroi!
ResponderExcluirEu adorei a sugestão de leitura, gosto muito desta temática é bem interessante..
Adorei a frase “ Matar alguém é fácil. Esconder o corpo é que costuma ser a parte difícil. É assim que você é pego.”
ResponderExcluirNão conhecia o O clube do crime das quintas-feiras, mas com toda certeza despertou meu interesse.
Oi Andrea,
ResponderExcluirEu já tinha lido outra resenha do livro e adorei bastante a premissa, adoro história que tragam idosos, eles trazem uma leveza no enredo e esse mesmo trazendo envolvimento com crimes parece ser ótimo.
Amei a dica e as considerações.
Que legal parece uma literatura bem interessante, estas frase de efeito ficou perfeita para a descrição que fez do livro atraves da sua resenha.
ResponderExcluirOlá Andrea, tudo bem?
ResponderExcluirParece ser um livro incrível, daqueles que vai nos envolver do início ao fim. Gostei bastante de saber que tem esse mistério, além do humor e drama. Refletir sobre algumas questões também é algo que acho bem importante, então fiquei feliz em saber que traz isso. Anotei a dica aqui!
Beijos!
Oi, tudo bem? Achei incrível esse grupo. Já li algumas histórias sobre pessoas leigas que gostam de investigação. O que acho divertido são as teorias, eles sempre têm várias. Não conhecia o livro mas já vou procurar para ler. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirEsse é um dos meus temas favoritos! Com certeza fiquei com vontade de fazer essa leitura.
ResponderExcluirA premissa deste livro é aterrorizante. Com muito mistério e suspense na trama, além das muitas reviravoltas, é meu tipo de leitura preferido.
ResponderExcluirOi, tudo bem?
ResponderExcluirAh, sou fã de mistérios e achei a ideia desse livro genial. Deve ser divertido e ao mesmo tempo tocante acompanhar os problemas que as pessoas têm nessa idade. Fiquei triste quando você falou em armadilhas da mente, pois existem algumas doenças cruéis nessa idade. Estou super animada para ler esse livro!
beijinhos.
cila.
Oi,tudo bem ?
ResponderExcluirAinda não conhecia a obra , mas gosto muito do trabalho e qualidade da editora intrínseca. A sinopse do livro tbm me chamou atenção com a proposta e gostei bastante da apresentação, então sem dúvidas é uma ótima indicação de leitura.