domingo, 13 de setembro de 2009

Marley & Eu


Sinopse: John e Jenny haviam acabado de se casar. Eles eram jovens e apaixonados, vivendo em uma pequena e perfeita casa e nenhuma preocupação. Jenny queria testar seu talento materno antes de enveredar pelo caminho da gravidez. Ela temia não ter vindo com esse "dom" no DNA, justamente porque matara uma planta por excesso de cuidado: afogando-a. Então, eles decidiram ter um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley, ao tomar contato com uma ninhada, porque também ficaram encantados com a doçura da mãe, Lily; só depois têm uma rápida visão do pau, Sammy Boy, um cão rabugento, mal-encarado e bagunceiro. Rezam para que Marley tenha puxado à mãe, porém suas "preces" não são atendidas. A vida daquela família nunca mais seria a mesma.

Utilizando-se de leveza e emoção, o jornalista John Grogan escreveu a biografia do seu casamento, tendo como base um simpático e trapalhão labrador, que muda toda a rotina calma do jovem casal com suas travessuras. 

Quem você decidir levar hoje vai viver com você por muitos e muitos anos.

Comportamento comum nos casais atuais, Grogan e sua esposa compram um filhote para se prepararem antes de terem filhos, o que eles não contavam é que o lindo filhote iria crescer muito, esconder objetos e coloca-los em algumas situações constrangedoras. 

Utilizando a sua própria voz, John Grogan convida o leitor para acompanhar, como num big brother escrito, treze anos na vida da família do autor. E isso vai além do Marley, já que temos a chegada dos filhos, a vida profissionais, os altos e baixos de uma convivência a dois.

 
Ele espanava mesinhas de centro, espalhava revistas, derrubava as molduras de fotografias das prateleiras, fazia zunir garrafas de cerveja e copos de vinho.

Incertezas, decisões e experiências de um jovem casal dividem espaço com destruições caninas em seu novo lar. Engraçado e relaxante, Marley & Eu utiliza-se da simplicidade para emocionar os leitores mais sensíveis. 

Aos insensíveis, fica a dúvida se Marley não é apenas uma forma de Grogan conquistar os seus quinze minutos de fama, já que em um dos capítulos é relatado o convite ao cão para participar de um filme, e seu dono fica sonhando em ser chamado para atuar e assim, se tornar uma celebridade - fato que se tornou concreto com o sucesso do livro, que entrou rapidamente para a lista dos mais vendidos.

Mesmo sendo marinheiros de primeira viagem como futuros pais, sabíamos que não poderíamos prender nossos filhos na garagem com uma vasilha de água ao sair para trabalhar.

E isso é facilmente entendível, pois a escrita de Grogan permite facilmente o leitor se sentir parte de sua família e compartilhar os sentimentos ali descritos. 

Para os que se aventurarem na leitura, preparem-se para algumas risadas e lágrimas. Para os amantes do mundo animal, existe uma grande chance de relembrar velhos amigos. 

Nem todo mundo aprovava a confiança que depositávamos em nosso cão.

Aos que possuem medo - usando um termo mais aceito: fobia canina - ou receio que divide entre a responsabilidade de cuidar de um animal e a curiosidade em descobrir o tão falado amor canino, fica o conselho: observe o pai e a mãe do filhote, pesquise a raça, para não ganhar de companheiro alguém ao qual não tem pique para acompanhar.

E um pedido, caso queira comprar um labrador, tenha um pátio para que ele consiga gastar toda a energia característica da raça, tenho um vizinho que mantém um cão desta raça em um apartamento pequeno, e o olhar triste do bicho é de cortar o coração.

Para quem curte o leia o livro, veja o filme, há uma versão cinematográfica com Owen Wilson e Jennifer Aniston no papel do casal principal.

Marley & Eu - A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo
Marley & Me
John Grogan
Tradução: Thereza Christina Rocque da Motta e Elvira Serapicos
Ediouro
2005 - 302 páginas

4 comentários:

  1. Andrea: adoro o que escreves, mas isto não e novidade (alias, aguardo ate hoje o conto do padre). Assisti o filme, gostei muito. Ate hoje vou adiando a leitura do livro- falta coragem. Beijo! Obs: o final esta excelente e... Não liga para a pontuação, pois não estou com todos caracteres disponíveis.

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  2. Ah, eu adorei tanto o livro quanto o filme. Fala mesmo do amor incondicional dos cães, eles são os animais com o olhar mais puro que existe. Discordo do teu conselho de que as pessoas não devam comprar um labrador. Nem todos são pestes como o Marley. eu tenho uma cadela labrador que é um doce, calma, adora brincar e é super obediente. Costumo dizer que é uma criança grande, porque ela é super inocente, bobona mesmo, não tem maldade. Aliás, dizem que o labrador é o melhor cão para lidar com as crianças, tamanha sua bondade. Eu concordo com isso. beijo

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  4. Meninas,

    Quando escrevi, confesso que lembrei da Angela e da sua cadela (ao qual concordo, é um amor). Mas não resisti a brincadeira, afinal, para quem tem medo de cachorro, o tamanho é assustador, e quando se lê a descrição da destruição contínua do Marley, se torna apavorante hehehe.

    Obrigada pelo elogio, Kelli. O conto do padre, eu perdi (esse negócio de pós atrapalha a vida da gente), mas a hora que eu achar, te envio.
    bjos

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