Terminei finalmente de ler Crime e Castigo de Dostoiévski. Depois de várias pausas, retomei e, com algum esforço, consegui acabar.
Não é digamos uma leitura de férias, pois o livro é denso ao extremo, cansativo, cheio de detalhes.
Conta a história de um rapaz que comete um duplo assassinato - ele mata uma velha agiota para roubar seus bens e acaba matando também a irmã que aparece no local - e depois vive um drama psicológico devido ao sentimento de culpa e arrependimento. Tanto que não consegue usufruir do que rouba e acaba enterrando sob uma pedra em algum lugar em via pública.
O mérito da obra, na minha opinião, está justamente nos fluxos de consciência dos personagens, seus medos, desejos e apreensões. O leitor vive intensamente o drama e a loucura do assassino e o peso de seu ato e acaba até torcendo por ele, por verificar que, no fundo, não é má pessoa, é um doente que cometeu um erro fatal.
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