De 2 de outubro de 2005 à 13 de julho de 2008 é possível
relembrar filmes, fatos políticos, livros, peças e notícias pelos olhos da
cronista e romancista Martha Medeiros.
Doidas e Santas é uma coletânea de crônicas publicadas em
jornais, sites e livros. Algumas, como a Mulher Banana, tiveram um sentimento
de reencontro, já que eu ainda me recordava do texto lido na Zero Hora (ao qual
confesso, ser uma delas).
Como li mais da metade do livro em uma manhã, enquanto o
Brasil jogava com a Dinamarca, observei que alguns assuntos se repetem, como a
morte e a velhice. O aproveitar e se aceitar estavam latentes em diferentes
dias, meses e anos. O amor também está lá. Não na sua forma romântica, mais
fantasiosa, mas na forma do dia-a-dia, onde a relação, o companheirismo e a
troca são mais importantes que corpos definidos ou ter o carro do ano.
Certos textos marcam bem a época (como o que se refere ao
adesivo de mais 4 anos de governo Lula não) e outros que serão atuais mesmo
daqui a cinqüenta anos como o que incentiva realizar uma limpeza física em casa
e praticar a arte do desapego.
Posso dizer que essa coletânea é uma mistura de dicas,
história e revisão de sentimentos. E também uma forma de conhecer melhor a
própria autora, já que mais de noventa por cento dos textos referem-se a
experiências pessoais, em alguns casos, parecendo um bate-papo em uma mesa de
bar.
Este foi o primeiro livro do gênero que li, e por conhecer
muitos dos textos, não consegui formar uma opinião específica, mas a experiência
foi no mínimo interessante.
Doidas e Santas
Martha Medeiros
L&PM Editores
2008 – 231 páginas
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