O livro de Nilton Bonder, um rabino reconhecido como pensador nas áreas de humanismo, filosofia e espiritualidade, promete mudar o conceito que o leitor tem sobre a alma e a traição, mas infelizmente ele não me prendeu nem para terminar a leitura.
Citando Darwin, retornando aos tempos de Adão e Eva, fazendo a ligação entre as palavras traição e tradição e o projeto Genoma Humano (que me fez lembrar do livro Símbolo Perdido), o autor utiliza diversas bases para dizer que toda alma traí, seja de forma sutil ou não, seja a si mesmo ou aos outros.
Mas eu, particularmente, achei cansativo. Provavelmente por não ter uma alma tão aberta no que se refere à traição. Acredito piamente que não vale a pena enganar o outro e muito menos a si mesmo, pois uma hora ou outra a verdade irá lhe atropelar, deixando a alma em pedaços e incapaz até mesmo de qualquer imoralidade.
Parei a leitura na página 50, no dia em que li uma crônica do David Coimbra em que ele dizia não perder tempo com livros que não o agradasse. Isso fez com que eu me livrasse do peso da obrigatoriedade em finalizar esta leitura, traindo assim, sem culpa, o meu objetivo de ler todos os livros até o final. O que me fez pensar que Nilton Bonder tem certa razão.
A Alma Imoral
Nilton Bonder
Editora Rocco
135 páginas
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