segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O Amor Esquece de Começar




Fabrício Carpinejar dispensa apresentações. Dispensa porque usa uma linguagem única. Ou quase. 
O estilo de escrita usado por Carpinejar, já era usado pelos mestres: Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Nacionalmente reconhecido, o poeta, Fabrício optou por, também, escrever outro gênero: crônicas. E se deu bem. 

Em O Amor Esquece de Começar - sua estreia na prosa, o lírico está inserido na prosa com uma significância magistral. Cada crônica presente na obra foi redigida por um indivíduo que presta atenção em tudo a sua volta: desde as situações mais banais do dia-a-dia até as que exigem um olhar mais apurado, ou seja, crítico. 

O padrão estético usado por Fabrício Carpinejar é sutil e irônico mas, ao mesmo tempo, pode-se afirmar que há humor na sua prosa. Um humor leve, assim como as crônicas de Antônio Maria. "Solidão não é prejudicial à saúde", "Leveza" e "Deixe-me dançar a sua vida" são apenas algumas das crônicas onde se percebe o talento nato de Carpinejar com a escrita. 

O leitor só precisa se permitir duas coisas: ser levado pela sensibilidade e emoção a flor da pele que certamente estarão mais expostos após a leitura desta obra singular. Até os leitores menos nostálgicos irão se render.

3 comentários:

  1. Kelli! Tu expressou bem o que o Fabrício me faz pensar que é a literatura dele... este lirismo-humor-bem escrito!

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  2. Esse vai para a lista de futuras compras literárias.

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  3. Carpinejar sempre é uma ótima leitura. Como a Kelli disse, ele é ótimo nesse estilo de crônica que escreve, mas, ainda assim, o prefiro como poeta.
    bjs!

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