quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cidade de Ladrões


Roteirista de heróis mutantes é convidado a escrever um ensaio autobiográfico. Por não achar a própria vida interessante, resolve insistir para que os seus avós lhe descrevam como foi o período em que viveram em Leningrado, em pleno período do cerco da segunda guerra mundial. E o avô, sempre tão quieto, aceita e resolve narrar os acontecimentos que marcaram sua vida naquele período.

Neste momento o leitor irá acompanhar Lev Beniov e todas as suas aventuras após ser pego retirando objetos de um paraquedista alemão. Para salvar sua vida, ele e Kolya, um soldado acusado de ser desertor, precisam encontrar uma dúzia de ovos para o bolo de casamento da filha de um oficial.

Lev, judeu e filho de um escritor assassinado por ser considerado contra o sistema, acaba assistindo todos os horrores da guerra, escapando, junto com Kolya, de canibais e assassinos, encontrando meninas prostituídas, prédios destruídos e muitas vezes a dor da perda.

Mas Lev também encontra a coragem, acompanha guerrilheiros e se depara com o que considera o amor da sua vida.

Cidade de Ladrões conta uma semana da vida de Lev e Kolya, narrado em primeira pessoa por Lev. Dois estranhos que se tornam grandes amigos, e que fazem o leitor sorrir e ficar triste.

Um livro que mistura leveza com cenas pesadas. Uma leitura rápida, que me fez caminhar na neve, sentir vontade de ler O sabujo no pátio e falar poucas e boas para um certo oficial russo.

* Cidade de Ladrões - David Benioff - Tradução: Álvaro Hattnher - Alfaguara - 290 páginas

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