Quando finalizei a leitura de O Mundo de Sofia, achei o final um tanto estranho, quebrando a magia que o mundo filosófico havia criado no decorrer das páginas. E isto me fez não sentir vontade de ler outros livros do autor Jostein Gaarder.
Por ironia do destino, no mês de março de 2012, o clube de leitura que participo escolheu justamente um livro deste autor: “O Dia do Curinga”.
Hans-Thomas vive na Noruega com o seu pai, um colecionador de curingas, sua mãe saiu de casa com o pretexto de se encontrar e não retornou mais. 8 anos depois, uma revista de moda grega muda essa calma e eles vão busca-la em Atenas. A longa viagem é iniciada de carro, e entre vários caminhos, o menino acaba se deparando com um padeiro e um pão doce, que guarda um segredo dentro: um pequeno livro que só pode ser lido com o uso de uma lupa. Neste momento a viagem é dividida entre conversas com o pai e a leitura escondida da história do naufrago que encontrou a bebida púrpura e previsões para um futuro que incluía o próprio Hans.
As cartas de baralho fazem a divisão dos módulos e capítulos da história, que mistura filosofia, perdas, relações familiares e por que não alcoolismo. Essa combinação pode permitir há alguns criação de teorias, encantamento com o mundo criado na ilha e observações sobre o comportamento humano. Para outros, pode se tornar uma história chata, onde o autor parecia beber tanto quando o pai de Hans-Thomas antes de escrever cada página.
Curioso para saber em qual dos grupos estou? Pois irei deixar este ponto de interrogação. Quem ler os dois livros vai matar essa charada facilmente, ou vocês esperam soluções rápidas de quem, entre todas as cartas do baralho, se identifica mais com a figura do curinga do que qualquer outra?
O Dia do Curinga
Jostein Gaarder
Tradução: João Azenha Jr.
Companhia das Letras
2001
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