Foi com dor no coração que cheguei ao final do terceiro e último volume desta trilogia. O passado de Salander é revelado, demonstrando a quantidade de injustiças sofridas por ela. Para evitar uma nova internação da sua amiga, Mikael Blomkvist dá continuidade a sua investigação, enfrentando um inimigo perigoso, denominado A Seção. Uma equipe secreta até para o serviço de inteligência da Suécia.
Entre invasão de computadores e casas, roubos e assassinatos, mentiras e acertos de contas, as mais de seiscentas páginas do livro voam. Conforme segredos são revelados, as peças do quebra-cabeça são encaixadas com extrema coerência, levada até o último ponto final.
Aliás, uma grande perda foi a morte do autor Stieg Larsson, que colocou algumas de suas características no personagem principal Mikael. Sua escrita é formidável, prende o leitor. A cada capítulo você tem necessidade de mais, e quando termina, fica aquela saudade.
Saudades da Salander, da revista Millennium, de personagens que ousam enxergar além, que não se prendem a discriminação, nem acreditam em cenas montadas, um cenário de ficção que muitas vezes lembra a nossa realidade.
Não existe um livro melhor que o outro, eles se completam, o que aumenta é a agonia, uma ânsia para saber o depois. A trilogia está completa, é possível ler sem medo, para quem gosta do gênero policial é perfeito. Para quem ama ler imperdível.
A Rainha do Castelo de Ar
Millennium 3 Stieg Larsson
Tradução Dorothée de Bruchard
Companhia das Letras
2007 - 685 páginas
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