A cantora
Marina Lima é, sem dúvida, uma das compositoras mais importantes da música
brasileira. Por ser uma pessoa poética e intensa, suas canções emocionam, tocam
lá no fundo. Quem não gosta de ser traduzido?
Marina é uma mulher a frente de seu tempo, tanto que se reinventa como ninguém. Prova disso é seu primeiro livro, Maneira de ser, que já está na segunda edição — Ed. Ilha. A primeira foi publicada pela editora Língua Geral. A organização do livro é da própria Marina e de Marcio Debellian.
Em Maneira de ser, Marina deixa registrado
suas vivências. A autora aborda suas impressões sobre assuntos que a
interessam, como moda, música, família, bichos, e flagrantes do dia a dia, como
o acontecimento inusitado do Ibirapuera. Há também curiosidades sobre a vida da
cantora e compositora.
O leitor é
seduzido desde o princípio, há singularidade em sua escrita. É como se nada
estivesse ali por acaso. Seus textos são simples e harmônicos, elementos essenciais
que encantam qualquer leitor. Articulada, Marina não apenas conduz, mas dialoga
com os leitores, fazendo com que eles se sintam mais próximos da artista — o
que torna a leitura ainda mais agradável. Assim, nos damos conta que os
assuntos abordados, por Marina Lima, também nos interessam.
Maneira
de ser não é uma biografia. Tampouco tem propósito literário. A escritora
denominou a obra como um "diário de afetos". Eis outro ponto positivo do livro:
a criatividade artística. Além disso, há todo um cuidado estético. A
diagramação da obra é simples, porém sofisticada. Maneira de ser não é apenas mais um livro a ser adquirido. Após a
leitura do livro em questão, caro leitor, você irá constatar que ele não merece
ir para a estante, mas para a cabeceira.
Marina não
somente compartilha, mas acrescenta. Intensa e verdadeira, assim como sua obra,
e sua maneira de ser.
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