O segundo
livro da trilogia O Século começa tenso. É 1933, Maud está morando na Alemanha
com o marido e os dois filhos, o casal é opositor ao partido nazista, e começa
a sofrer com as primeiras provocações quando recebem a visita de Eth e Lloyd.
Os britânicos sentem na pele o preconceito que está por se alastrar, todos os
diferentes, isto é: judeus, ciganos, negros, homossexuais, são considerados
inferiores pelos loucos de uniforme militar. E o pior, a polícia não faz
absolutamente nada para conte-los.
Muitos
alemães contrários ao Terceiro Reich não quiseram responder com a mesma a
violência, mas ao oferecerem a outra face, acabaram amarrados e presos ao
regime que fez estourar a segunda guerra mundial.
Ken Follett
novamente distribui os pontos de vista. Nós, leitores, estamos nos Estados Unidos,
na Espanha, na França, em Londres, na União Soviética, na
Alemanha. Todos os pontos de vista, as mudanças de opinião, as lições não
aprendidas, agora vividas pelos filhos dos personagens principais de Queda de
Gigantes.
Sofri
bastante com Maud e Carla, minhas personagens favoritas. Senti pulsar as
dúvidas de Volodya, cujo passado ,guardado com tanto segredo pelos seus pais,
começa a bater em sua porta na forma de Greg, outro filho ilegítimo de Lev. Lloyd
nos mostra as diversas faces da guerra, assim como os bastidores da subida do
partido trabalhista entre os ingleses. O troféu futilidade fica com Daisy, a
americana com descendência russa, que almejava brilhar nos bailes da alta
sociedade, não me convenceu de sua mudança, sendo o personagem que menos
cativou. Assim como Erik, que precisa ser comandado, apoiando sistemas que
adotam a ditadura, mesmo depois de viver em meio a tanta dor.
Se no
primeiro livro havia uma ênfase aos direitos da mulher, no segundo a pauta é o
homossexualismo, mostrado em duas situações: na Alemanha nazista, onde isso se
torna arma para espancar e matar pessoa, e na marinha americana, onde um
superior menospreza seus subordinados.
Na parte política,
além do nazismo já conhecidos por todos, estão os métodos desorganizados e
violentos do comunismo, o que torna o comportamento de seus soldados na invasão
da Alemanha algo vergonhoso e doentio.
Entre os
fatos marcantes estão à criação da ONU, o ataque a Pear Harbor (aqui com forte
participação dos Dewar), a espionagem, a criação das bombas atômicas (único
ponto que fez com que faltasse uma família no Japão) e a divisão da Alemanha.
Com quase
novecentas páginas, a mistura de fatos reais com ficção fazem a história voar.
Existe a ansiedade de saber o que vai acontecer. Visto que para o autor, o fato
de ser um dos personagens chaves não o torna imortal ou com final feliz
garantido.
Recomendo os
dois primeiros livros para todos os leitores que amam uma ótima narrativa, e principalmente,
para os fãs de história, pois a mistura é perfeita. Quanto a mim, aguardo
ansiosa pelo terceiro livro, com previsão de lançamento em 2014.
Inverno do Mundo (Winter of the
world)
Trilogia O
Século
Ken Follett
Tradução:
Fernanda Abreu
Editora
Arqueiro
2012 – 875 páginas
REGULAMENTO DO “IX CONCURSO PLÍNIO MOTTA DE POESIAS”
ResponderExcluirA Academia Machadense de Letras (Machado-MG / Brasil) comunica a realização em novembro de 2013 de seu IX Concurso de Poesias. As inscrições encerram-se no dia 14 de outubro (2013). O tema é livre. A taxa de R$5,00 pode ser enviada no primeiro envelope juntamente com as 06 cópias da poesia concorrente.
Para receber gratuitamente o regulamento em arquivo PDF, entre outras informações, favor entrar em contato através do e-mail: machadocultural@gmail.com ou pelo telefone (35) 8833-9255 a/c Carlos.