Nathan Zuckerman é um jovem judeu que busca abrir o seu
caminho profissional. E é isso que o leva até o mestre Lonoff. Enquanto Nathan
vive a culpa por ter escrito um conto com base em uma história familiar, a qual
provocou a fúria de seu pai e cartas de um juiz, Lonoff precisa administrar o
ciúme da sua esposa pela jovem Amy, moça judia que enfrentou a guerra e foi
contratada para ajudar na organização do escritor e se apaixonou pelo mesmo,
sonhando em viver com ele em Florença.
Em um primeiro momento temos todo o enfoque em Nathan.
Através dele é possível ter uma visão da comunidade judaica americana mais conservadora. A
rapidez com que deixa de ser o filho que trazia orgulho para virar motivo de
vergonha marca a sua personalidade. Mas também há teimosia no jovem, o que gera
culpa e uma ideia bizarra de como atenuar a relação com os familiares.
Lonoff não deseja mudar a sua vida, nem trair o seu
casamento com uma jovem, e o irônico é que quem precisa dessa amante é a esposa
Hope, que se sente secundária na vida do escritor e busca uma desculpa para
escapar da sua vida.
Pelo que pesquisei, Nathan Zuckerman é um álter ego do autor
Philip Roth, sendo encontrado em outros títulos aos quais não lerei. E aviso
que ao iniciar a escrita dessa resenha já estava preparada para as críticas.
O fato é que achei a citação há autores conhecidos, assim
como o que levava o personagem Nathan Zuckerman escrever, interessantes. E foi
só. Tempos atrás eu li um cronista de jornal dizendo que Roth era chato. Pois
bem, Diário de uma ilusão é um porre, começando pelo título nada haver. Nem os
momentos de ousadia do personagem me animaram, pois em época de 50 tons de
cinza, se masturbar no sofá alheio ou subir em uma mesa para escutar a conversa
do outro não chocam mais.
Confesso que só finalizei a leitura por não ter outro livro
para ler, mas achei cansativo, sonolento. As páginas eram pesadas e não puxavam
a minha atenção. E não me adianta dizer que necessito ler novamente, pois só o
farei em caso de insônia, pois 3 páginas era sono certo pra mim.
Diário de
uma ilusão (The ghost writer)
Philip Roth
Tradução:
Luís Horácio da Matta
Circulo do
Livro
1979 – 141 páginas
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