terça-feira, 15 de outubro de 2013

Só as mulheres e as baratas sobreviverão



Dulce tem um encontro com um cara que não é o homem dos seus sonhos, apenas um quebra-galho, mas que serve como distração para a noite de sábado. Ela toma banho e quando vai pegar o seu pretinho básico uma surpresa desagradável à espera: uma barata resolveu descansar na peça.

Neste momento começa o drama da personagem, que fecha o closet e fica enrolada na toalha. Sua aflição vai dividindo espaço com lembranças, mostrando que sua vida não é tão doce quanto o seu nome. Conforme vai criando intimidade com a barata, começa a se dar conta que a mesma é do sexo feminino, e a intimidade a leva ler um pedaço de metamorfose para a nova amiga. 

Usando o medo quase unanime que as mulheres sentem pelas baratas, Claudia Tajes escreve uma comédia leve, onde o inseto acaba virando analista da personagem. Mostra de forma divertida o vazio das relações, quando ninguém aparece para salvar a produtora fotográfica de tão temida figura, nem mesmo o homem que deveria estar esperando por ela parece notar tamanho atraso.

Com escrita leve e fácil, é um livro para desopilar, sua leitura é rápida como um chinelo eficiente, e se bobear, até mesmo as leitoras podem desejar ter essa barata para desabafar seus problemas e dúvidas.

Só as mulheres e as baratas sobreviverão
Claudia Tajes
L&PM
2010 – 125 páginas

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