Dulce tem um encontro com um cara que não é o homem dos seus
sonhos, apenas um quebra-galho, mas que serve como distração para a noite de
sábado. Ela toma banho e quando vai pegar o seu pretinho básico uma surpresa desagradável
à espera: uma barata resolveu descansar na peça.
Neste momento começa o drama da personagem, que fecha o
closet e fica enrolada na toalha. Sua aflição vai dividindo espaço com
lembranças, mostrando que sua vida não é tão doce quanto o seu nome. Conforme
vai criando intimidade com a barata, começa a se dar conta que a mesma é do
sexo feminino, e a intimidade a leva ler um pedaço de metamorfose para a nova
amiga.
Usando o medo quase unanime que as mulheres sentem pelas
baratas, Claudia Tajes escreve uma comédia leve, onde o inseto acaba virando
analista da personagem. Mostra de forma divertida o vazio das relações, quando
ninguém aparece para salvar a produtora fotográfica de tão temida figura, nem
mesmo o homem que deveria estar esperando por ela parece notar tamanho atraso.
Com escrita leve e fácil, é um livro para desopilar, sua
leitura é rápida como um chinelo eficiente, e se bobear, até mesmo as leitoras
podem desejar ter essa barata para desabafar seus problemas e dúvidas.
Só as
mulheres e as baratas sobreviverão
Claudia
Tajes
L&PM
2010 – 125 páginas
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