Ao ver este livro fui atraída pelo título. Achei poético e
fui instigada a saber que tipo de dança era retratada. No resumo, somos
apresentados ao Mickey, um homem bonito que sofre um grave transtorno bipolar e
Lucy, que mantém contato com a Morte desde os cinco anos, primeiro perdeu o seu
pai, depois a sua mãe e possui um controle médico rígido por ter enfrentado um
câncer.
Lucy conhece Mickey no seu aniversário de 21 anos, ambos se
apaixonam e ela assume o risco de casar com ele. Devido aos problemas de ambos,
eles criam várias regras, para fazer a vida a dois dar certo. Mas tudo parece
sair do controle quando o destino quebra uma delas e Lucy fica grávida.
Entre as dificuldades normais do casamento, com o acréscimo
dos momentos de ausência em que Mickey é internado, existe o bonito laço entre
Lucy e suas irmãs. Cada uma com suas características, mas o carinho flui entre
as páginas, principalmente nos momentos de preocupação.
A autora Ka Hancock escreveu um livro em que o leitor é
obrigado a ter como acompanhante uma caixa de lenço. Não, a história não é
piegas, é simples e emocionante. Não é um romance cheio de sexo, embora tenha
suas idas e vindas. É sobre o amor, amor de filha, irmã, esposa e mãe. No seu
estado mais puro e comum, do nosso dia-a-dia, do que abrimos mão e pelo que
lutamos.
É o que muitas pessoas não entendem sobre o casamento. A
prática dos juramentos que alguns fazem no altar levados ao pé da letra. É
sacrificar tudo por um filho, mesmo quando ainda não o vemos. É superar os
próprios problemas e aceitar os presentes que nos são reservados.
A vida é feita de cacos de vidro, mas os cortes dependerão
da maneira como caminhamos ou dançamos sobre eles.
Dançando sobre cacos de vidro (Dancing on broken glass)
Ka Hancock
Tradução Regina Lyra
Editora Arqueiro
2012 – 329 páginas
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