Sinopse: Roma na pequena igreja barroca de Santa Giuliana, uma magnífica pintura de Caravaggio desaparece sem deixar pistas. Paris na câmara de segurança do porão da Sociedade Malevitch, a curadora Geneviève Delacloche é surpreendida com o desaparecimento do maior tesouro da instituição: Branco sobre Branco, a famosa obra do russo Kasimir Malevitch. Londres roubada a mais recente aquisição da National Gallery of Modern Art.
Muitos anos antes havia lido “Se houver amanhã” de Sidney Sheldon, que possuía uma temática parecida, cuja heroína era uma ladra, tornando impossível não me questionar: como seria essa história nas mãos de um profissional, como Noah Charney?
Mas o livro de estreia de Charney é superficial.
Era quase como se ela estivesse esperando, ali parada, naquela escuridão artificial.
O autor apresenta diversos personagens conforme os roubos vão acontecendo, sem entrar em maiores detalhes. Algumas vezes, eles parecem estar dando aula sobre a história da arte (parte mais interessante na minha humilde opinião) e os porquês da indiferença das pessoas ao ser noticiado o roubo de um quadro ou escultura.
O preço de venda nada tem a ver com o fato de a obra de arte ser boa ou não. Tem a ver com quanto as pessoas dispõem a pagar por aquilo em determinado momento.
Existe a tentativa de envolver o leitor em uma teia em que roubos tão diferentes parecem estar relacionados, mas em alguns capítulos O ladrão de artes chega ser chato, e mesmo sendo um livro investigativo, não me instigou a virar as páginas furiosamente para saciar qualquer curiosidade.
Até onde sei, é uma obra anônima, pintada lá por 1920, na Rússia, no estilo suprematista.
Nem me fez ficar pensando na história, após ter finalizado a leitura e ido dormir.
A soma de tudo faz o grande final passar desapercebido, pois em nenhum momento se criou intimidade suficiente com a história para separar os que investigam e os suspeitos. É um exemplo de livro policial em que a ideia é muito boa, mas que falta algo para torna-lo mais profundo e instigante.
Isso significa que o quadro pode não ter sido roubado por encomenda, e isso torna meu trabalho bem mais difícil.
Mas para quem curte arte ou viajar por diferentes cidades através da leitura, a história pode despertar o interesse por outro viés, podendo fazer valer a leitura.
O Ladrão de Arte
The Art Thief
Noah Charney
The Art Thief
Noah Charney
Tradução: Cláudio Figueiredo
intrínseca
2007 - 314 páginas
Muito bom o blog de vocês!
ResponderExcluirPode apostar que vou acompanhar sempre que der!
Qdo puderem, façam uma visitinha ao meu.
http://livrosdebia.blogspot.com
Bjs
O nome é interessante, mas a tua resenha fez-me não o querer ler tão logo... rs
ResponderExcluirGostei do blog!
Um beij.O
Melqyahd.
Já estive com este livro em mãos - ainda bem que não comprei! Adorei tua resenha, Andrea. Beijo!
ResponderExcluirDiscordo plenamente de você...li o livro e o achei muito interessante. É instigante, porém de uma leitura não muito fácil...portanto caso o leia sem muita concentração pode deixar passar detalhes que fariam com que gostasse mais do enredo enigmático do mesmo.
ResponderExcluirDando uma passada geral no blog encontrei um novo comentário neste post.
ResponderExcluirNa verdade a questão é gosto, não concentração. Eu achei a leitura do Ladrão de artes extremamente fácil (forma narrativa, linguagem), mas pra mim faltava um toque, alguma coisa que me fizesse devorar as páginas. Um livro que provocou essa reação em mim, por exemplo, é O Nome da Rosa.
Mas o interessante na leitura é isso, os diferentes sentimentos que ela provoca em cada um.
Abraços
não gostei leitura cansativa sem pegada literaria falta amadorecimento literario.Ao meu ver,não passa de uma aula chata de arte no ultimo horario de sexta-feira....METAFORICAMENTE DIGITANDO
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