domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Senhor das Moscas

Durante uma das guerras mundiais, um avião cheio de meninos, nas mais diversas faixas etárias, cai em uma ilha, deixando-os sem nenhuma supervisão adulta, onde a liderança é definida graças a uma concha.

Logo no primeiro capítulo é possível diferenciar as personalidades dos líderes, assim como preconceito e deboche com aqueles que são diferentes, seja por serem muito jovens, seja por serem gordos.

Mesmo assim, inicialmente, existe uma união, onde a ordem ocorre através do som de uma concha, só que conforme o tempo passa, ego e ambições se ampliam, assim como a maldade que busca suas vítimas para sentenças eternas.

De forma simples e direta, Willian Golding mostra em “O Senhor das Moscas” a natureza selvagem da personalidade humana ainda na chamada idade da inocência. Assustador e envolvente, o livro capta a nossa percepção e provoca por não haver como impor limites.

Os personagens de Golding despertam diferentes sentimentos no leitor no decorrer da narrativa. Um dos exemplos é um menino chamado de Porquinho, que passa de coitado para manipulador até ser vítima do seu maior algoz.

Ao fechar o livro, me lembrei de um texto lido há um tempo, afirmando que a personalidade é formada até os três anos. Ao ler sobre meninos arrumados que se transformam em monstros que caçam sem piedade suas vítimas (estes ainda sonhando com a civilização e desejando a ordem de antes), concordei com a contra-capa sobre o romance “O Senhor das Moscas” ser uma mistura de análise da psicologia infanto-juvenil com os fundamentos da análise e do poder. Eu também ousaria dizer que é uma análise da falta de limites, no que uma pessoa pode se transformar quando nada nem ninguém indicam onde termina os seus direitos e começam os seus deveres.

4 comentários:

  1. Estou louca para ler esta obra. Sei que está esgotada. Agora, me resta apelar para um sebo ou para uma biblioteca.

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  2. Oi Kelli,

    Não desista da busca, o livro vale a pena.

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  3. Achei o mote interessante, mas não sei é meu tipo de leitura.
    Vou pesquisar mais sobre ele.
    Bjs

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  4. Sempre ouvi falar deste livro, e tive uma boa impressão dele quando li a Arte da Ficção de Lodge. Esta na minha lista de leituras futuras.

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