Teria sido a proximidade de sua
casa ao porto durante a infância que fez o francês Julio Verne ser um notável
escritor de histórias de viagem? Sendo ou não, o escritor, falecido em 1905, aos
77 anos, soma uma vasta obra e é considerado um dos escritores mais traduzidos
de todo o mundo. Suas histórias foram adaptadas em quase 100 filmes e várias
séries para tv. Também pudera, sua obra cita tecnologias que nem existiam em
sua época, além de mostrar claramente a dedicação e capacidade de aliar, em sua
escrita, dom literário e pesquisa.
Em Viagem ao Centro da Terra, o
autor nos leva da Alemanha às entranhas do globo na companhia do professor
Lidenbrock, seu sobrinho Axel e do dedicado guia Hans. Depois de descobrir
sobre a suposta viagem do cientista Arne Saknussenm ao centro do planeta, o
geólogo/mineralogista/cientista/professor Otto Lidenbrock, decide ele mesmo
constatar a veracidade das informações. Axel, nosso narrador, acaba embarcando,
a contragosto, nesta fantástica e instigante aventura.
São dias de uma viagem que faz o
leitor se prender a cada linha, manter-se angustiado com os companheiros que
passam por situações muitas vezes beirando a morte e, claro, permitindo-se ponderar
as ideias de Julio Verne sobre o centro da Terra. Assuntos sobre as camadas da
Terra, períodos arqueológicos e fenômenos físicos fazem o leitor se perder em
termos científico, mas ao mesmo tempo se interessar pela nossa história
geológica.
Com personagens ricos em
humanidade e determinação, é impossível não apreciar esta aventura. Entra,
certamente, no hall de livros que devem e precisam ser lidos. Viajar, nem que
seja na ficção ao centro da Terra que conhecemos, sempre será uma experiência
interessante.
* VERNE, Julio. Viagem ao centro da terra. Tradução de
Renata Cordeiro. Porto Alegre: L&pm, 2002. 270 p.; 17cm. (Coleção L&PM Pocket).
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